Cartas Tarot

"O tarot é uma das mais maravilhosas invenções humanas. Apesar dos gritos dos filósofos, este conjunto de imagens, em que o destino é reflectido como um espelho de faces multiplas, permanece tão vital e exerce uma atração tão irresistivel que é impossivel que austeros criticos que falam em nome de uma lógica exacta mas desinteressante alguma vez consigam abolir o seu uso." --Grillot de Givry

As cartas de Tarot são usadas como adivinhação. O baralho de tarot consiste de  dois conjuntos de cartas, um, (o arcano maior) com 22 figuras, como o Louco, o Diabo, a Temperança, o Eremita, o Sol, os Amantes e o Enforcado. O outro conjunto tem 56 cartas, (o arcano menor) com reis, damas, e valetes de paus (agricultura), espadas (guerreiros), copas (clero) e ouros ou pentaclos (comércio).

Ninguem sabe a origem do tarot, mas as cartas são um sucesso no ocidente desde o fim da Idade Média. Os quatro naipes manteem-se nos nossos baralhos de 52 cartas: paus (anunciam novidades); espadas (pressagiam infelicidade e morte); copas (pressagiam felicidade); ouros (pressagiam dinheiro). (Estas são as associações de Givry; outros desenvolveram as suas.)

As cartas de tarot são lidas, normalmente,  por um "profissional", embora nestes dias da Nova Era, qualquer um pode comprar baralhos com instruções sobre como descobrir o seu eu real e actualizar o seu potencial. Geralmente quem deita cartas é uma mulher. Não há nada de sexista nisto: as mulheres nada podem fazer se são mais psiquicas que os homens. Pelo menos é um preconceito corrente. Nem há provas de que as mulheres possam predizer o futuro melhor que os homens. Porque é que o fado de alguem está contido em cartas é um mistério. Mas, como as ciências ocultas são misteriosas, não precisamos de nos preocupar com questões de origem, causalidade ou lógica desinteressante.

Há algo de romântico na noção de baralhar as cartas e expô-las, desenhar o desconhecido, ter uma vida exposta e explicada, etc. A ideia de olhar uma carta e ela revelar o futuro, tem um misticismo visionário indiscutivelmente atraente. Séculos de avanços cientificos e aprendizagem não diminuiram a popularidade do oculto e de guias como o tarot, tábuas de ouija, astrologia, I Ching, iridologia, quiiropodia, bolas de cristal, folhas de chá, etc. A necessidade de ser guiado, de ser assistido nas decisões, de ser tranquilizado, pode ter as raízes em infâncias não plenas. Pois é na infância que são precisos guias, assistências e orientações. É na infância que precisamos de ser confortados e de que é normal sermos donos do nosso destino. Talvez os adultos que procuram guias no oculto representem gerações de crianças que não foram guiadas e dirigidas mas ordenadas, não ensinadas a serem donas do seu destino mas a serem inseguras e submissas. Há algo de atraente nestas noções mas provavelmente são lixo para desinteressantes lógicas ocultas. Apesar de tudo, as cartas são lindas.

 

fonte>https://brazil.skepdic.com/cartarot.html

 

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